Com esses escritos temos a intenção de produzir possíveis aproximações entre os referenciais Modelo dos Campos Semânticos (MCS) de Romulo Lins e Decolonialidade. A proposta é um convite a pensar processos e modos de produção de significados e práticas de sala de aula de matemática da Educação Básica em uma tentativa de produzir leituras em meio a atitudes decoloniais, buscando operar em um espaço de possibilidades, atuando nas fissuras, em atitudes, em devires, no que está sendo/acontecendo. Trata – se de produzir educações matemáticas com o uso do Modelo na direção de dialogar acerca de produção de conhecimentos com enunciações e justificações de diferentes conhecimentos, de ler/produzir com o outro fundamentando-se no critério de plausibilidade e não de julgamento, de legitimar os significados produzidos, de reconhecer existências de sujeitos, de subverter os silêncios, de discutir matemáticas do professor de sala de aula de matemática. Como justificação tem-se que o Modelo permite olhar para diferentes modos de produção de significados e o pensamento decolonial possibilita a compreensão de que todo conhecimento produzido é legítimo. Desta forma, propõe-se pensar possibilidades outras para o contexto da sala de aula de Matemática, não como alternativa na direção de substituir o que acontece, mas compor com isso, produzir possibilidades, afetos, diálogos, formas de se pensar a construção do conhecimento, maneiras outras de avaliar, maneiras de se pensar os processos de ensino e de aprendizagem, ler os modos de ser e de estar nas aulas de matemática, entre outros aspectos.