ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: A ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIANTES DOS GENES PON1 E RTN4R COM O ESTRESSE OXIDATIVO E A NEURODEGENERAÇÃO
Pesquisas em Temas de Ciências da Saúde
Ana Carolina Dourado Leobas
Angela Adamski da Silva Reis
Rodrigo da Silva Santos
DOI: 10.46898/rfb.
69a6c1d8-40eb-4112-81ab-fc7bce4294a0
Resumo
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central (SNC), comprometendo os neurônios motores nos níveis bulbar, cervical, torácico e lombar. A sobrevida média dos indivíduos diagnosticados com ELA varia entre 2 e 5 anos, e a incidência da doença na população brasileira é de aproximadamente 0,6 a 3,8 casos por 100.000 pessoas/ano. Cerca de 90% dos casos são classificados como ELA esporádica, enquanto os outros 10% correspondem à forma familiar (ELAF), geralmente com padrão de herança autossômica dominante. Embora a patogênese da ELA ainda não esteja completamente elucidada, estudos recentes têm destacado a influência de polimorfismos genéticos, que podem atuar como variantes de risco ou proteção, associados a fatores ambientais de longo prazo. Entre os genes investigados, destacam-se o PON1, relacionado à proteção contra o estresse oxidativo e à neuroinflamação, e o RTN4R, envolvido na regeneração neural e no funcionamento adequado do SNC. As principais variantes nesses genes influenciam diretamente a regulação e estabilidade de suas funções. A definição de critérios diagnósticos mais precisos, que permitam diferenciar a ELA de outros distúrbios neurológicos, é uma necessidade urgente em saúde pública. Avanços nesse campo podem acelerar o diagnóstico, orientar o desenvolvimento de tratamentos e melhorar o prognóstico dos pacientes. Nesse contexto, os estudos genéticos têm se mostrado promissores na busca por uma compreensão mais profunda dos mecanismos fisiopatológicos da doença.
Data de submissão:
22 de outubro de 2025 às 13:36:33
Data de publicação:
6 de novembro de 2025 às 23:00:00

