Objetivo: Este artigo propõe-se a explorar as principais ações da equipe multidisciplinar no manejo de sintomas em pacientes em cuidados paliativos no âmbito da unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de uma revisão narrativa bibliográfica, desenvolvida através de pesquisa sistemática na literatura científica sobre inovações no manejo de sintomas em cuidados paliativos no contexto da Unidade de Terapia Intensiva. A busca foi realizada nas principais bases de dados científicas: PubMed/MEDLINE, SCOPUS, Web of Science, LILACS e SciELO, abrangendo publicações dos últimos dez anos (2015-2025). Resultados: Os achados revelaram que a efetividade desta sinergia multidisciplinar está fundamentada em elementos estruturais e processuais específicos: comunicação interprofissional eficaz, protocolos padronizados para manejo de sintomas, reuniões multidisciplinares regulares, definição clara de papéis e responsabilidades, e cultura organizacional que valorize os cuidados paliativos como componente integral da medicina intensiva. A implementação adequada destes elementos resulta em benefícios mensuráveis, incluindo redução do tempo de permanência hospitalar, diminuição da utilização de medidas desproporcionais, melhor controle de sintomas, maior satisfação familiar e redução do burnout profissional. Conclusão: Por fim, conclui-se que a atuação sinérgica da equipe multidisciplinar no manejo de sintomas em cuidados paliativos na UTI representa mais do que uma metodologia assistencial: constitui uma filosofia de cuidado que reconhece a multidimensionalidade do sofrimento humano e responde a esta complexidade através da integração harmoniosa de diferentes saberes e competências.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Controle de Sintomas; Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados Críticos; Sintomas.